terça-feira, 19 de junho de 2012

"Espírito Animal"

O jornal O Globo publicou uma notícia hoje (AQUI) que a presidente Dilma quer "despertar o espírito animal do empresariado". Para tal vai divulgar uma lista de detalhada de concessões, licitações e projetos. Ela espera que assim as expectativas melhorem e o "espírito animal" apareça.

A presidente e a equipe econômica deveriam estar mais preocupados em desonerar a população de uma enorme carga tributária, em diminuir os gastos do governo e diminuir o enorme protecionismo existente no Brasil. A população com mais dinheiro (em função da diminuição dos impostos) e mais concorrência certamente ganharia mais do que uma simples torcida de que os espíritos escondidos apareçam.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Para Jim Rogers, dias piores virão

O jornal Valor Econômico publicou hoje (AQUI) uma entrevista dada por Jim Rogers ao jornal. Vale a pena a leitura.

Algumas passagens interessantes:

"A decisão dos governos de gastar mais dinheiro pode deixar as coisas ainda piores. Mais dívida não vai resolver o problema, temos que deixar que as economias tomem seus cursos. Veja os Estados Unidos, por exemplo. Nós somos a nação mais devedora da história, e isso também não vai acabar bem."

"Eu quero almoço grátis também, todos querem. Mas precisamos enfrentar a realidade: todo mundo optou por gastar dinheiro sem ter, e agora tem de enfrentar as consequências."

"O dólar americano não continuará a ser a moeda dominante do mundo"

terça-feira, 12 de junho de 2012

Estatização do crédito

Ontem foi anunciado (AQUI) que o Banco do Brasil vai emprestar dinheiro ao governo do estado do Rio de Janeiro. Será que estamos voltando a década de 1980 quando os bancos estaduais financiavam seus estados para "gerar desenvolvimento"? Na época, empréstimos enormes eram concedidos e como os governos sempre gastavam mais do que arrecadavam, eles nunca honravam seus compromissos. Em função disto, o banco central com frequência era obrigado a socorrer (leia-se imprimir dinheiro) os bancos, e este fato gerava uma inflação enorme. Não por acaso, um dos pilares do plano real era justamente a privatização da maioria dos bancos estaduais.

A reportagem do jornal O Globo também cita que o crédito foi concedido em tempo recorde, levando um tempo menor do que operações corriqueiras do banco. Mais um indício do cunho mais político do que técnico do empréstimo.

Não há nada de inédito em um banco público emprestar para um estado, resta saber se algo realmente inédito vai acontecer, um estado quitar suas dívidas. Caso isto não ocorra, novos aportes serão necessários ao Banco do Brasil e mais um passo será dado para o aumento da inflação em nosso país.

sábado, 9 de junho de 2012

Fear the Boom and Bust

O vídeo abaixo recria de forma muito criativa o debate entre J.M. Keynes e F.A. Hayek nos anos 1930, um dos maiores do século.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

2 Bancos quebrados

Hoje foi anunciado (AQUI,AQUI) a intervenção do Banco Cruzeiro do Sul pelo banco central devido a um rombo a princípio de R$1,3 bilhão de reais. O principal foco do banco, segundo as notícias, é o crédito consignado.

Em maio foi noticiado (AQUI,AQUI) que o Banco Votarantim, que tem como principal foco o crédito automotivo, vai receber aportes do Banco do Brasil. Segundo as notícias, esta "ajuda" do banco público se deve a "pesadas perdas em consequência dos calotes tomados principalmente no financiamento de veículos novos".

Mas fiquem calmos, o sistema bancário brasileiro é muito robusto, não é desregulado igual ao americano e segundo nosso ministro da fazenda é uma piada dizer que o modelo de crescimento do governo baseado no endividamento infinito está saturado. Será??

sábado, 2 de junho de 2012

A Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos


Ontem foi divulgado o (pequeno) crescimento de 0.2% do PIB do Brasil no primeiro trimestre de 2012 (AQUI). Os primeiros questionamentos sobre o modelo de crescimento brasileiro começam a aparecer e o Brasil já cresce menos que alguns países em crise na Europa. Para entender um pouco melhor sobre o porque deste baixo crescimento escrevi um pequeno resumo sobre a teoria da escola austríaca de economia sobre os ciclos econômicos.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Para os amigos tudo, para os outros...

O governo anunciou hoje (AQUI) que alguns setores terão seus impostos aumentados para compensar a baixa de outros setores. Nesse atual governo é sempre assim, quem tem amigos em Brasília consegue seus favores, já quem não tem fica de fora.

É realmente lamentável uma política econômica que favorece aos amigos e não a eficiência e a produtividade. Você acha que isto tem alguma chance de dar certo no longo prazo?