quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Controlar a inflação por meio de política tributária

Em julho o economista do FMI  Irineu Evangelista de Carvalho Filho disse em entrevista ao blog do  Adolfo Sachsida (AQUI):

"Usar política tributária para conter inflação me parece uma das idéias mais estúpidas que podem ser concebidas em política econômica, portanto eu não acredito que o governo brasileiro esteja fazendo isso."


Ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega disse (AQUI):
"Se suspendêssemos a desoneração, provavelmente as empresas iriam aumentar os preços, recolocar o IPI em novembro e dezembro. Queremos que os preços continuem baixos. Sempre que pudermos contribuir para baixar a inflação, nós estaremos contribuindo"


Parece que não há dúvidas que o Brasil está realmente inovando, não na indústria automobilística, mas no controle da inflação através de política tributária. No entanto, essa idéia é um tanto quanto, usando as palavras de Ireneu Carvalho, estúpida.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Economia americana

Atualmente o foco da mídia de forma geral está voltado para a europa e pouco se fala dos EUA. A situação fiscal americana é tão alarmante quanto a européia. A diferença é que na Europa, mais especificamente na zona do Euro, os problemas já estão sendo ao menos debatidos,  enquanto nos EUA eles estão sendo postergados ao máximo, pelo menos até depois das eleições.

O artigo abaixo é um excelente resumo da situação (alarmante) americana:
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1356


terça-feira, 3 de julho de 2012

Tendências da economia brasileira


Recomendo a leitura do link abaixo. Um ótimo texto mostrando uma análise do autor Leandro Roque sobre as tendências da economia brasileira.

http://mises.org.br/Article.aspx?id=1347

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Política Industrial do governo


Nosso governo anunciou nesta semana (AQUI) o oitavo pacote de "estimulo" a economia. Uma das coisas mais curiosas do pacote é o fato de que o governo pode, com o seu dinheiro, pagar até 25% a mais em suas licitações desde de que o objeto de compra seja de produção nacional. Gostaria de perguntar a qualquer pessoa do governo se eles fariam isto com o próprio dinheiro, isto é, se um produto custa R$1,00 em uma loja e R$1,25 na loja ao lado. De qual loja o membro do governo compraria se o dinheiro saísse do próprio bolso?

Esta é a política do governo: premiar a falta de eficiência e inflacionar os preços. Alguém tem alguma dúvida que as indústrias nacionais vão cobrar sempre 25% a mais? Alguém tem dúvida de que isto além de deixar nossa indústria sem competitividade, com produtos piores, vai elevar os preços para todos os consumidores? Bela política, aumentar enormemente o imposto de importação e diminuir a concorrência. Alguém tem dúvida do seu fracasso?

Pra completar, segue abaixo o bom texto do economista Arilda Teixeira que eu li no blog do Cristiano Costa.


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Mais dinheiro na economia

O jornal O Globo noticiou hoje (AQUI) que o governo vai injetar mais 6 bilhões de reais na economia. Os setores agraciados são os mesmos, assim como a política do nosso governo é sempre a mesma. Este dinheiro que o estado gasta vem as custas do contribuinte seja via impostos, seja via inflação (que continua alta apesar do fraco crescimento). Até quando vamos ter os infindáveis pacotes? Até quando vamos ter que esperar para ter reformas de verdade neste país? Até ficarmos em situação similar a Espanha?

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Trabalhador x Estado


A figura abaixo retrata bem como funciona o estado. Mostra também o que governantes que defendem o "crescimento" em detrimento a austeridade querem fazer, tirar seu dinheiro para utilizá-lo da forma que quiserem.

Fonte: http://rcesar.net/noticias-do-dia/

terça-feira, 19 de junho de 2012

"Espírito Animal"

O jornal O Globo publicou uma notícia hoje (AQUI) que a presidente Dilma quer "despertar o espírito animal do empresariado". Para tal vai divulgar uma lista de detalhada de concessões, licitações e projetos. Ela espera que assim as expectativas melhorem e o "espírito animal" apareça.

A presidente e a equipe econômica deveriam estar mais preocupados em desonerar a população de uma enorme carga tributária, em diminuir os gastos do governo e diminuir o enorme protecionismo existente no Brasil. A população com mais dinheiro (em função da diminuição dos impostos) e mais concorrência certamente ganharia mais do que uma simples torcida de que os espíritos escondidos apareçam.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Para Jim Rogers, dias piores virão

O jornal Valor Econômico publicou hoje (AQUI) uma entrevista dada por Jim Rogers ao jornal. Vale a pena a leitura.

Algumas passagens interessantes:

"A decisão dos governos de gastar mais dinheiro pode deixar as coisas ainda piores. Mais dívida não vai resolver o problema, temos que deixar que as economias tomem seus cursos. Veja os Estados Unidos, por exemplo. Nós somos a nação mais devedora da história, e isso também não vai acabar bem."

"Eu quero almoço grátis também, todos querem. Mas precisamos enfrentar a realidade: todo mundo optou por gastar dinheiro sem ter, e agora tem de enfrentar as consequências."

"O dólar americano não continuará a ser a moeda dominante do mundo"

terça-feira, 12 de junho de 2012

Estatização do crédito

Ontem foi anunciado (AQUI) que o Banco do Brasil vai emprestar dinheiro ao governo do estado do Rio de Janeiro. Será que estamos voltando a década de 1980 quando os bancos estaduais financiavam seus estados para "gerar desenvolvimento"? Na época, empréstimos enormes eram concedidos e como os governos sempre gastavam mais do que arrecadavam, eles nunca honravam seus compromissos. Em função disto, o banco central com frequência era obrigado a socorrer (leia-se imprimir dinheiro) os bancos, e este fato gerava uma inflação enorme. Não por acaso, um dos pilares do plano real era justamente a privatização da maioria dos bancos estaduais.

A reportagem do jornal O Globo também cita que o crédito foi concedido em tempo recorde, levando um tempo menor do que operações corriqueiras do banco. Mais um indício do cunho mais político do que técnico do empréstimo.

Não há nada de inédito em um banco público emprestar para um estado, resta saber se algo realmente inédito vai acontecer, um estado quitar suas dívidas. Caso isto não ocorra, novos aportes serão necessários ao Banco do Brasil e mais um passo será dado para o aumento da inflação em nosso país.

sábado, 9 de junho de 2012

Fear the Boom and Bust

O vídeo abaixo recria de forma muito criativa o debate entre J.M. Keynes e F.A. Hayek nos anos 1930, um dos maiores do século.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

2 Bancos quebrados

Hoje foi anunciado (AQUI,AQUI) a intervenção do Banco Cruzeiro do Sul pelo banco central devido a um rombo a princípio de R$1,3 bilhão de reais. O principal foco do banco, segundo as notícias, é o crédito consignado.

Em maio foi noticiado (AQUI,AQUI) que o Banco Votarantim, que tem como principal foco o crédito automotivo, vai receber aportes do Banco do Brasil. Segundo as notícias, esta "ajuda" do banco público se deve a "pesadas perdas em consequência dos calotes tomados principalmente no financiamento de veículos novos".

Mas fiquem calmos, o sistema bancário brasileiro é muito robusto, não é desregulado igual ao americano e segundo nosso ministro da fazenda é uma piada dizer que o modelo de crescimento do governo baseado no endividamento infinito está saturado. Será??

sábado, 2 de junho de 2012

A Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos


Ontem foi divulgado o (pequeno) crescimento de 0.2% do PIB do Brasil no primeiro trimestre de 2012 (AQUI). Os primeiros questionamentos sobre o modelo de crescimento brasileiro começam a aparecer e o Brasil já cresce menos que alguns países em crise na Europa. Para entender um pouco melhor sobre o porque deste baixo crescimento escrevi um pequeno resumo sobre a teoria da escola austríaca de economia sobre os ciclos econômicos.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Para os amigos tudo, para os outros...

O governo anunciou hoje (AQUI) que alguns setores terão seus impostos aumentados para compensar a baixa de outros setores. Nesse atual governo é sempre assim, quem tem amigos em Brasília consegue seus favores, já quem não tem fica de fora.

É realmente lamentável uma política econômica que favorece aos amigos e não a eficiência e a produtividade. Você acha que isto tem alguma chance de dar certo no longo prazo?

terça-feira, 29 de maio de 2012

Endividamento

Nosso ministro da fazenda realmente não preza muito sobre credibilidade. Depois da insistência de que nosso PIB vai crescer 5%, agora ele deturba dados sobre o endividamento no Brasil.

Em sua entrevista a Folha de São Paulo (AQUI) o ministro afirma que é "quase uma piada, dizer que o nosso modelo está esgotado". Depois dizer que o comprometimento da renda familiar no Brasil é em torno de 20% a 22%, ele afirma que "na maioria dos países é acima de 80%". Só que nosso ministro cometeu um erro no mínimo primário, pois comparou comprometimento MENSAL da família brasileira com o percentual do endividamento em relação ao PIB de outros países. Nos Estados Unidos por exemplo, a dívida das famílias gira em torno de 90% do PIB americano, mas como o perfil da dívida é muito diferente do nosso (mais longo e com juros menores) o percentual de comprometimento mensal com dívidas em relação ao salário é em torno de 10% (AQUI). Ou seja, no Brasil as famílias tem o dobro dos seus rendimentos mensais empenhados ao pagamentos de suas dívidas em relação aos EUA.

Dados do aumento sistemático da inadimplência (AQUI) corroboram com a ideia de que o modelo do governo de estimular o crédito a qualquer custo está sim perto do esgotamento.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A falácia do câmbio

Nos últimos meses nosso governo tem repetido inúmeras vezes que o câmbio valorizado é ruim para a indústria e para o país (AQUI,AQUI,AQUI). Será?

Para começar, os setores intensivos em capital e de tecnologia são os que tem maior participação na importação brasileira. Isto significa que é a própria indústria a maior beneficiada do câmbio valorizado, uma vez que ele possibilita o investimento na compra de bens de produção.

O governo ao olhar apenas o setor de exportação se esquece de todos os outros setores que se beneficiam do câmbio valorizado. O supermercado por exemplo pode vender mais vinho, as companhias aéreas vendem mais passagens, mais pessoas podem comprar aparelhos eletrônicos, etc.

Desvalorizar uma moeda significa deixar sua população mais pobre. Quando o real deixa de valer 1 dólar e passa a valer 50 centavos de dólar, significa que agora a população brasileira tem que vender o dobro do que vendia antes para comprar a mesma quantidade de mercadorias no exterior. Desvalorizar o câmbio também implica em aumento da inflação uma vez que agora o seu dinheiro vale menos.

Mas por que o governo defende tanto a desvalorização da moeda? Porque é a forma mais transparente de se diminuir o salário da população. A forma mais fácil de se tornar "competitivo" é diminuir o valor do dinheiro e desta forma fazer com que os empregados recebam o mesmo valor nominal de salário, mas com um poder real de compra muito inferior ao passado.

Ao invés do governo brasileiro tornar a legislação trabalhista mais flexível, diminuir seus gastos e com isso diminuir a carga tributária sobre o setor produtivo para permitir assim uma maior competitividade da indústria brasileira, prefere desvalorizar o valor de sua moeda, baixando os valores reais dos salários praticados. O problema desta mentalidade é que ela só funciona no curto prazo. No longo prazo isto gera inflação e com isso o próprio setor de exportação, que no primeiro momento foi beneficiado pela medida, passa a ter que gastar mais na compra de matéria prima e de bens de produção.

Nosso governo tem uma visão míope e de curtíssimo prazo sobre nossa economia.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Dia da liberdade de impostos


Hoje algumas cidades brasileiras promovem o dia da liberdade de impostos (AQUI, AQUI).

Fonte:http://www.mises.org.br

"Everyone wants to live at the expense of the State. They forget that the State lives at the expense of everyone." -- Frédéric Bastiat