quinta-feira, 31 de maio de 2012

Para os amigos tudo, para os outros...

O governo anunciou hoje (AQUI) que alguns setores terão seus impostos aumentados para compensar a baixa de outros setores. Nesse atual governo é sempre assim, quem tem amigos em Brasília consegue seus favores, já quem não tem fica de fora.

É realmente lamentável uma política econômica que favorece aos amigos e não a eficiência e a produtividade. Você acha que isto tem alguma chance de dar certo no longo prazo?

terça-feira, 29 de maio de 2012

Endividamento

Nosso ministro da fazenda realmente não preza muito sobre credibilidade. Depois da insistência de que nosso PIB vai crescer 5%, agora ele deturba dados sobre o endividamento no Brasil.

Em sua entrevista a Folha de São Paulo (AQUI) o ministro afirma que é "quase uma piada, dizer que o nosso modelo está esgotado". Depois dizer que o comprometimento da renda familiar no Brasil é em torno de 20% a 22%, ele afirma que "na maioria dos países é acima de 80%". Só que nosso ministro cometeu um erro no mínimo primário, pois comparou comprometimento MENSAL da família brasileira com o percentual do endividamento em relação ao PIB de outros países. Nos Estados Unidos por exemplo, a dívida das famílias gira em torno de 90% do PIB americano, mas como o perfil da dívida é muito diferente do nosso (mais longo e com juros menores) o percentual de comprometimento mensal com dívidas em relação ao salário é em torno de 10% (AQUI). Ou seja, no Brasil as famílias tem o dobro dos seus rendimentos mensais empenhados ao pagamentos de suas dívidas em relação aos EUA.

Dados do aumento sistemático da inadimplência (AQUI) corroboram com a ideia de que o modelo do governo de estimular o crédito a qualquer custo está sim perto do esgotamento.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A falácia do câmbio

Nos últimos meses nosso governo tem repetido inúmeras vezes que o câmbio valorizado é ruim para a indústria e para o país (AQUI,AQUI,AQUI). Será?

Para começar, os setores intensivos em capital e de tecnologia são os que tem maior participação na importação brasileira. Isto significa que é a própria indústria a maior beneficiada do câmbio valorizado, uma vez que ele possibilita o investimento na compra de bens de produção.

O governo ao olhar apenas o setor de exportação se esquece de todos os outros setores que se beneficiam do câmbio valorizado. O supermercado por exemplo pode vender mais vinho, as companhias aéreas vendem mais passagens, mais pessoas podem comprar aparelhos eletrônicos, etc.

Desvalorizar uma moeda significa deixar sua população mais pobre. Quando o real deixa de valer 1 dólar e passa a valer 50 centavos de dólar, significa que agora a população brasileira tem que vender o dobro do que vendia antes para comprar a mesma quantidade de mercadorias no exterior. Desvalorizar o câmbio também implica em aumento da inflação uma vez que agora o seu dinheiro vale menos.

Mas por que o governo defende tanto a desvalorização da moeda? Porque é a forma mais transparente de se diminuir o salário da população. A forma mais fácil de se tornar "competitivo" é diminuir o valor do dinheiro e desta forma fazer com que os empregados recebam o mesmo valor nominal de salário, mas com um poder real de compra muito inferior ao passado.

Ao invés do governo brasileiro tornar a legislação trabalhista mais flexível, diminuir seus gastos e com isso diminuir a carga tributária sobre o setor produtivo para permitir assim uma maior competitividade da indústria brasileira, prefere desvalorizar o valor de sua moeda, baixando os valores reais dos salários praticados. O problema desta mentalidade é que ela só funciona no curto prazo. No longo prazo isto gera inflação e com isso o próprio setor de exportação, que no primeiro momento foi beneficiado pela medida, passa a ter que gastar mais na compra de matéria prima e de bens de produção.

Nosso governo tem uma visão míope e de curtíssimo prazo sobre nossa economia.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Dia da liberdade de impostos


Hoje algumas cidades brasileiras promovem o dia da liberdade de impostos (AQUI, AQUI).

Fonte:http://www.mises.org.br

"Everyone wants to live at the expense of the State. They forget that the State lives at the expense of everyone." -- Frédéric Bastiat